quarta-feira, 18 de junho de 2014

Às Marias e tantas mulheres de tantos nomes



Maria das Dores, trabalha como doméstica.
Com três filhos no lar, que nada fica.
Fica mais na casa da patroa pra limpar
e com as duas crianças dela pra cuidar.

Mantém o casamento com um marido,
sem ter o tal do amor correspondido,
já que o varão, que se acha, a engana
com a amante que sai toda a semana.

Ela esconde tristezas embaixo do tapete,
talvez pelos filhos, amores de valor.
Mas talvez ela perceba e um dia constate

que não pode mulher ser refém da dor,
que sua vida pode ser independente 
desse marido, ou de cotidiano opressor.

Jefferson Santana


Também disponível no blog: meuscantosedesencantos.blogspot.com.br

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